Dentro de alguma empresa, seja pública ou privada, você já precisou de alguma informação e no final percebeu que tinha recebido uma informação errada e que só fez você perder tempo!?
Se sim, eu posso te dizer que milhares de pessoas passam e já passaram por isso. Não sei bem ao certo, o que se passa com as informações dentro das empresas de prestação serviço principalmente, pois na maioria das vezes são truncadas, desorganizadas e perdidas no tempo e espaço.
Vou dar alguns exemplos que se passaram comigo. Quando fiz o cartão visa travel Money, a agente de turismo que me forneceu o serviço me passou as primeiras informações a respeito do serviço. Depois de dois dias, liguei para a central de atendimento desse cartão, que me passou outras informações que desmentiam as da agente de turismo. No mesmo dia em que falei com a central de atendimento, fui até a loja de câmbio da empresa desse cartão onde me deram outras informações, que não eram as mesmas da agente de turismo, nem da central de atendimento. Ora, o que posso pensar a respeito da prestação desse serviço? Que esse serviço está tão terceirizado, com tantas outras pessoas à frente (supostamente treinadas) prestando esse serviço, que a informação real chega totalmente distorcida para os clientes.
Os outros exemplos que posso dar, e que me recordo com maior facilidade; ocorreram aqui em Lisboa. Primeiro, que ao vir do Brasil, tinha em mãos informações que o vice-consulado de Portugal em Curitiba tinha me passado por e-mail sobre alguns procedimentos que eu deveria fazer quando chegasse a Portugal. O problema que ocorreu quando cheguei aqui, foi perceber que todas as informações estavam erradas. Até ir num local onde o endereço havia mudado, eu fui. Coisas pequenas que só foram atrasando meu dia e gastando mais dinheiro.
Erros nas informações prestadas também ocorreram durante a minha homologação da monografia da especialização na UFPR, em Curitiba. E, se repetiram demais durante o meu processo de inscrição e matrícula no meu curso de mestrado aqui em Lisboa, onde me fizeram ir de um lado a outro, na maioria das vezes recebendo a seguinte informação: “Mas isso não é aqui. Isso não é comigo”.
Mais um exemplo que posso dar ocorreu hoje, onde fiquei duas horas e meia numa fila com senhas, esperando para ser atendida para retirar o registro criminal português. E, quando fui atendida, o atendente desabafou dizendo:
- Não entendo, porque todo mundo quer ser atendido nesse posto. Pois, minha coordenadora acabou de ligar dizendo que no posto das Laranjeiras está vazio.
E, eu lhe disse:
- Deve ser porque as pessoas são indicadas por outras para vir até aqui. E, desconhecem os outros postos. Por exemplo, o CNAI (Centro Nacional de Apoio ao Imigrante) me indicou sem titubear e sem dar outra opção, esse posto.
E, ele continuou:
- É impressionante. Parece que o povo é burro. Eles sabem que existem outros postos. E, por exemplo, esse documento que você veio retirar, o SEF, pra onde você tem que entregar, tem acesso ao nosso sistema. Logo, eles não deveriam pedir a você que viesse aqui, ainda mais que o seu nome não é comum. Para as pessoas de nome comum, eu compreenderia.
Bem, isso foram só alguns exemplos das trocas de informações na prestação de serviço das empresas, principalmente, as do poder público, mas sem tirar o respaldo das iniciativas privadas. Pois, as informações dentro das empresas de turismo são demasiadamente deturbadas. Percebe-se isso quando eu e amigas que trabalham na hotelaria e em agências de turismo reclamam que os clientes dizem: “Mas ‘fulano’ não me disse isso”. O funcionário sabe distinguir quando a pessoa quer levar vantagem ou quando a informação não foi devidamente passada ao cliente. Sem dizer nas informações que existem nos sites dessas empresas e na hora do cliente receber o serviço, percebe que não era nada daquilo que estava publicado.
Sei que fatos como estes continuarão ocorrendo, enquanto dentro das empresas privadas e públicas os gestores não se conscientizarem da importância da gestão das informações, ainda mais quando essa empresa presta serviços.
Cada vez mais, o fluxo de informações é maior e nos chegam com muita facilidade. Saber dosar e filtrar o que é importante para cada um de nós, é a grande arte do jogo de viver.
É fato que a informação certa e direcionada para exatamente o que você precisa naquele momento é sumamente importante. Pois, pode lhe poupar tempo e dinheiro. Porém, na era da informação demasiada, muitos recebem e ainda receberão informações truncadas e erradas.
Boa paciência para todos nós em busca da informação certa!
Até uma próxima...
Os erros de comunicações parecem ser inerentes ao ser humano e às falhas de gestão, no entanto em setores com grau de risco, como o controle de tráfego aéreo, estes erros tendem a zero. Se existisse mais respeito ao cliente e à sociedade esses problemas seriam minimizados.
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